quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"QUANDO AQUI ERA SERTÃO"


                                        EXPOSIÇÃO
 “QUANDO AQUI ERA SERTÃO”
                           Por: ADEILTON OLIVEIRA
            
 Planaltina completa 151 anos com programação vasta

 Cidade é considerada um dos berços da história de Brasília. Festa destaca tanto a tradição da religiosidade quanto aspectos contemporâneos locais.

(Mariana Moreira, Correio Brasiliense
Publicação: 19/08/2010 08:10 Atualização: 19/08/2010 08:24)

 
        Quem sente saudade dos velhos tempos pode beber da fonte do artista Adeílton de Oliveira, que usa suas criações para enaltecer o passado. Em suas obras, da inspiração à matéria-prima, tudo é relíquia. Para comemorar o aniversário da cidade que povoa suas lembranças, ele desenvolveu 21 peças para a exposição Quando aqui era sertão (1), em cartaz até 5 de setembro, no Museu Artístico e Histórico de Planaltina. Todas as cenas reproduzidas fazem referências a tradições que remontam a tempos anteriores à criação de Brasília, quando o homem do cerrado ainda desconhecia o progresso que seria trazido pela nova capital.

São brincadeiras infantis, pescarias, grãos de café trabalhados no pilão, cenas de festas, altares das Folias do Divino e de Reis (2). Como se trata de miniaturas, as obras ficam expostas em uma mesa, acompanhadas de lupas, para permitir uma apreciação mais detalhada. Até mesmo Mestre d’Armas, personagem mitológico da região, é retratado em uma das imagens. Os trabalhos são feitos em madeira, palitos de fósforo, pedaços de carros de boi e de casarões demolidos, restos que o artista recolhe em suas andanças por todos os cantos que visita. “Há seis anos coleto esse material, à espera de uma oportunidade de usá-lo. Agora, pude contar a história da cidade com despojos dela mesma”, reforçou.

Muitos dos casarões históricos que ganham vida em suas pequenas esculturas foram recriados a partir de fotos históricas. Uma das peças é adornada por um oratório restaurado, do século19, e outra tem como base uma cruz fincada em uma fazenda da região, na década de 1950. Parte da memória afetiva do artista, a recordação dos meninos chupando cagaita (fruta nativa do cerrado), também ganha forma em madeira. “Antigamente, os pés de cagaita estavam por toda a parte, mas o crescimento da cidade está destruindo a vegetação típica daqui. Hoje, para chupar cagaita direto do pé, é preciso ir muito longe, se embrenhar no mato”, contou. O artista também se lembra de, quando menino, tomar banho no Córrego do Pompilho, que atravessa a entrada de Planaltina. Hoje, a turbidez da água, causada pela poluição, espanta qualquer banhista.
                                                                                                                                                                                                              
 VISITAÇÃO: 18/Agosto à 05/ Setembro/2010 MUSEU ARTÍSTISTICO E HISTÓRICO DE PLANALTINA-DF
                                                                            
                                             “O MESTRE D”ARMAS”

Apoio:
         Administrção Regional de planaltina / Gerencia de Cultura e Educação           

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